sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Memória de Ouro: o Benfica de Layette

O super Benfica de Eusébio, que encantou o mundo da bola, sendo inspiração para Layette.

Sempre acompanhei o futebol desde cedo. Meus primos, tios, amigos, eram alucinados por esse desporto. Aluisinho, que hoje é partícipe do botonismo no Clube dos Amigos do Botão, tinha infindáveis coleções. Camisas, revistas Placar, bolas, times de botão. Passava horas a ler as resenhas dos jogos épicos, com grandes "scratchs", ou ouvir os mais velhos a falar de jogos que jamais seriam esquecidos.

Aluisinho, e seu Bahia, foram rivais do meu CRS, desde os primórdios da minha trajetória botonística.

No futebol de botão, o primeiro time a odiar e, ao mesmo tempo, admirar, foi o Bahia, que Aluisinho, desfilava na mesa de estar de sua mãe, minha amada Tia Bel. A relação de amor e ódio se devia ao fato de, dificilmente, conseguir bater o Tricolor de Aço, nos clássicos da sala de estar, madrugada a dentro.

No entanto, destaco o glorioso Benfica, como um marco admirável que passou pelo meu caminho. Nos idos dos anos 80 do século passado, levado por um eterno amigo e vizinho, fui conhecer o futebol de mesa. Chamado, naquela época, de futebol de botão profissional. Fiquei encantado com a beleza dos times, na maneira com que os técnicos, com habilidade, faziam as jogadas acontecerem. 

Porém, um time me chamou a atenção. Aliás, o time e sua alma em campo. O time, era o Benfica, de um desenho simples mas orgulhoso, vermelho e escudinhos em metal. A alma, se chamava Layette. 

O mestre em ação. Goleada trouxe lembranças antigas.

Para mim, uma criança, Layette, era um Golen, um gigante de assustar. Mas o time obedecia às suas solicitações e ela batia, um a um, seus adversários. Fiquei encantado. Com muito esforço, juntei uma "grana". Vendi adesivos, engraxei sapatos, lavei carros, carreguei compras e varria casas, mas consegui, juntar um dinheiro e comprar meu primeiro time, feito pelo querido Válter (Sampdoria). O Criciúma, anos depois roubado, junto com toda minha coleção de botões antigos. 

Fui à federação, aprender a jogar. E aprendi belas lições. A maior lição, veio do Benfica de Layette: 7x0. Uma vergonha, que me fez querer melhorar. No início, uma raiva terrível, depois, a triplicação de uma admiração por este grande jogador de futebol de mesa. Tive meus momentos de glória contra o mestre. Dentre eles, cito uma vitória no último chute em 90º, com zegueiro e uma goleada por 3x1, em que, em 15 minutos do primeiro tempo, fiz os meus três gols. 

Layette, agora, defendendo as cores do Bayern: um dos maiores conhecedores do futmesa.

A admiração que se segue até hoje. Mesmo Layette, há tempos não jogando com o Benfica (ainda bem, pois sou Sporting), continuo a acompanhar suas vitórias e também derrotas. Principalmente, quando me deparo com ele nos campos. Sempre tenho o que aprender. Este texto é uma homenagem a esse grande atleta do futmesa, que abre a sessão Memórias de Ouro. Quero saber a sua memória sobre o botonismo. Mande-a para mktfgv2010@gmail.com, ela será lida e publicada com todo carinho que nosso desporto merece.

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