A primeira fase da Copa Aliança, válida pela quinta etapa do Pernambucano 2013, reservou bons embates, equilíbrio, zebras, e a quebra de um longo tabu. Quando Bruno e Euclides, ambos defendendo o Santos, colocaram os times em campo, estava em jogo, muito mais que três pontos. O jogo valia mais uma chance de Bruno, quebrar um tabu de 13 anos, sem vitórias sobre seu pai, Euclides.
Qualquer derrota incomoda, imaginem um tabu tão longo assim. Ainda mais um tabu em um clássico caseiro como esse. A partida foi movimentadíssima e os movimentos muito bem estudados, pelo histórico de confrontos. Enfim, um jogo que tivemos a sorte de cobrir integralmente.
Maurinho, do Santos de Euclides, enfrentou Ganso, de Bruno, em duelo inesquecível.
No jogo, Euclides, o grande botonista pernambucano, vencedor de vários títulos gloriosos, entrou como favorito, enquanto, o filho, Bruno, entrou como um freguês querido. Mas o jovem santista concentrou-se como nunca e entrou decidido a refazer sua história. Impôs seu jogo e, aos 13', do primeiro tempo, fez um golaço, que fez tremer o salão.
O jogo ganhou em emoção e Euclides partiu para cima, com tudo. Bruno, impassível, demonstrou maturidade e decisão, explorando bem os contra-ataques. Justamente, em um momento desses, na segunda etapa, aos 10'13", ampliou o marcador, para delírio de quem presenciou o feito.
A vitória magnífica, deixou Bruno em primeiro do grupo, enquanto o pai, Euclides, precisou suar muito para ficar com a segunda posição.
Destino prega peças
A vitória de Bruno, parecia ser aquele momento que coloca uma pessoa no caminho para um destino de vitórias. E será. Mas, não nessa etapa do Pernambucano. O destino que havia sorrido para que Bruno quebrasse o terrível tabu, pregou-se uma desagradável peça. Nas quartas de final, outro encontro de pai e filho. Bruno, por sinal, jogava pelo empate, mas o que se ouviu foi o grito de "dá-lhe, menininho", de Euclides, com o gol que levou-o às semi-finais. No soar do alarme do relógio, o fim do sonho de Bruno, de fazer o raio cair duas vezes no mesmo campo. Por fim, um capítulo láureo da História do Campeonato Pernambucano foi escrito por esses dois grandes botonistas. E grandes pessoas. Só esperamos que o tabu não seja retomado.
Pois é. Vale lembrar que o tabu era apenas em jogos oficiais. Ainda assim, um grande feito! Também espero que o tabu não seja retomado. Título merecidíssimo! Meu pai jogou todas as fases do mata-mata com a desvantagem do empate e, ainda assim, foi buscar as vitórias. O campeão voltou!
ResponderExcluirVocês tem nossa admiração. Seu pai é um grande botonista e vc tb. só faltam os títulos q virão, c certeza. abçs e obg p ler o blog
ResponderExcluirParabéns ao pai e ao filho pelo espírito desportivo...acima dos sentimentos naturais de filiação!!!
ResponderExcluirAbs dos amigos do ES
Por esses longos anos esse tabu foi um divisor d'água, de um lado o mestre que mostrava ao discípulo o caminho da vitória, mais não deixava ser vencido pelo mesmo, do outro, um discípulo que buscava seu lugar ao sol. até que um dia a casa caiu. Como diz o ditado: Filho de peixe, peixinho é.O tabu só foi quebrado quando acabou a mesada. Kkkk.
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