Convidamos o grande campeão do Recifumesa, André Fenômeno Fidelis, para uma conversa informal, sobre suas impressões e sentimentos durante a final e após a conquista. Acompanhem as respostas do campeão.
PE noFutmesa: Como foi atingir seu ápice, conquistando o Recifumesa?
André: Foi emocionante, principalmente depois de passar por tudo que venho passando. Acidente no cotuvelo, cirurgia, placa e parafusos de titânio. Após a cirurgia, perguntei logo ao médico se voltaria a ter os movementos do braço de volta. Ele me disse que teria 50%. Pensei logo no futebol de botão e meus olhos encheram-se de lágrimas, pois sou apaixonado pelo futmesa. Estava desanimado, até um cliente da minha loja - Recife Aquários (que Dilton insiste em chamar de peixaria), diretor do Sport, me apresentou Dieg Bervani, fisioterapêuta do time de futebol. Ele garantiu que, seu eu tivesse força de vontade, me deixaria novo e que eu logo voltaria a jogar. A cada sessão de fisioterapia era um terror. Chorava como criança. Era muita dor. Mas valeu à pena. Estou quase recuperado, mas ainda continuo o tratamento para fortalecer a musculatura.
Pronto para mais uma defesa arriscada. Pensando apenas em ser campeão.
PEFm: O que, de diferente, você fez ou pensou, quando começou a final contra Tiago, em comparação à perda do título da Copa Aliança, contra Euclides?
André: Pensei: agora chegou minha vez. Vai ser diferente. O vice não me pertence mais.
Concentração total para segurar a pressão do adversário no primeiro tempo.
PEFm:Qual sua análise do jogo, dividindo 1º e 2º tempos?
André: No primeiro tempo, levei o gol em uma bola que tentei travar. Bola fácil e que não sei como errei. Acho que foi para aumentar a adrenalina e eu ficar mais ligado. No final do primeiro tempo, tentei passar uma bola para a área dele e falhei novamente. Desta vez por conta da falta de força pela contusão. Aí, ele chutou e poderia ter ampliado e as coisas se complicado de vez. Mas eu tinha Magrão, no gol. Ele salvou e armou o contra-ataque, pois a bola ficou do lado do campo dele. Chutei e empatei. Gol de Roger.
No segundo tempo, parti para cima, pois queria definir logo a partida e, após uma pressão sobre o adversário, ele acabou dando o dois toques. Mas, não tive competência e chutei na trave. No final, dei um dois toques, mas Tiago pareceu-me nervoso e a bola explodiu na trave. Melhor para mim, que pude gritar é campeão!
André recebe o abraço do grande campeão Euclides, após o título.
PEFm: O que passou pela sua cabeça, quando levou a pressão de Tiago no início do 1º tempo, que resultou no gol tomado?
André: Que sempre procuro chegar cedo ao clube dos Amigos para treinar fundamentos. Arriscando tudo nos treinos, princialmente com meu parceiro de treino, Normando. O placar não nos interessa, dessa maneira, afiamos a defesa e o ataque. Então, poderia fazer o resultado.
Momento inesquecível: o braço contundido é o mesmo que recebe o troféu.
PEFm: Final do jogo, menos de 30" para o final da partida, você repetiria aquela jogada que resultou em 2 toques para o adversário? O que você pensou afinal? Estava ansioso?
André: Errei. Mas ele pareceu nervoso também.
PEFm: Como foi que você se preparou para enfrentar os grandes no Recifumesa?
André: Muito treino. Toda semana, religiosamente. Arrisco muito nos treinos e isso me dá segurança para o jogo.
PEFm: E agora, o que pensar do resto da temporada? Pernambucano e Brasileiro vem por aí.
André: Que tenho muito o que conquistar. Vou com tudo.
PEFm: A quem você dedica o título do Recifumesa?
André: Dedico ao meu fisioterapêuta, Diego Bervani, pois, sem ele, não teria chegado onde cheguei. Na semana da competição, ele fez um trabalho de fortalecimento para que eu pudesse aguentar jogar várias partidas. Também, se fosse o caso, em especial aos que sempre criticam meu estilo de jogo, agressivo. Para mim, quem ganha o jogo é quem faz mais gol. Vou para cima.
Valeu, André. Belas palavras! Abraço.
ResponderExcluirObrigado!
ResponderExcluirMeu amigo que vi crescer, o eterno pirralho!
Abç