Ao amigo, com carinho

Zé Luís, recebe placa em homenagem aos seus 45 anos de botonismo.

Existem preço e valor. Uma placa tem um preço. Um amigo, não. Zé Luís (América-PE), é um dos mais admiráveis botonistas de Pernambuco e, com seu jeito manso, suas palavras amigas e seu bom humor, atrai para si um grande séquito de admiradores. Pois, então, do jogo de botão ao futmesa da regra nacional, Zé Luís, chegou aos 45 anos de botonismo.

Tranquilo, sempre. Ele não limpa o time, ele massageia.

E chega dando trabalho aos mais jovens e botando mais alguns fios de cabelos brancos nos seus antigos colegas de botonismo. É quase um Rinus Michels, em seu futmesa total, onde joga com sete atacantes. Isso mesmo, sete incansáveis atacantes, que dão trabalho à defesa adversária e defendem como um bom zagueirão.

O velho - e cada vez melhor, Zé Luís, virou até carinha de botão. Um cracaço.

Apesar de dizer que está velho, seu a firmeza do passado e os olhos longe de serem de águia, se dana a fazer gols de longa distância e a inventar táticas para deixar seus adversários encucados. "É uma tática para cada adversário". 

Após outra jornada botonística, uma pequena pausa para descansar.

Mas, a bem da verdade, o jeito de jogar, as táticas, os belíssimos botões do América-PE, a filiação dele ao Santa Cruz, nada disso importa. O que importa é ter a honra de estar diante de um grande homem, amigo, brincalhão e solidário, homem. Daqueles em que desejamos estar mais tempo juntos, para admirá-lo cada vez mais. Um camarada e amigo botonista com grande lastro de apoio ao desporto. 

O Mequinha, no eterno clássico da Técnica e da Disciplina.

Ele, em sua eterna simplicidade, foi pego de surpresa pela homenagem e, pela primeira vez, vimos o grande botonista ficar abalado diante dos campos de futmesa, perante seus adversários-pares. Um justa homenagem e que merece registro e um muito obrigado, ao grande Zé Luís, rubro-negro de nascença, americano por escolha e Santa Cruz, de carteirinha mas, acima de tudo, um botonista nota 10.