terça-feira, 19 de agosto de 2014

A cor da vitória é cítrica

Ansellmo (vice-campeão) e Marcelo Pitanga (campeão), após partida decidida em dois lances.

Qual o gosto da vitória? Para nós, deve ser cítrica. Uma vitamina C, para o futmesa pernambucano que abre os olhos de esperança de não cair moribundo na gripe na mesmice. É que no sexto torneio oficial em Pernambuco, a Copa Frei Caneca, Marcelo Pitanga (Juventus), destacado atleta do Santa Cruz, bateu Ansellmo (São Paulo)  por 1x0, e tornou-se campeão. Então, para Marcelo, o sabor da vitória deve ser um mix.

O mix de sabores é relatado pelo próprio campeão. A doce descoberta do futebol de mesa com seu pai, o saudoso Hélio Pitanga, quando jogava com o Internacional. Os 17 anos de amargo afastamento. O retorno, ano passado, e os treinos intensos, suados e salgados no caldeirão do Santa Cruz. Voltando ao doce e saboroso sabor da vitória que lhe coloca entre os sete melhores e com chances de chegar ao octogonal final.

O pódio foi completado por Carlos Alberto (terceiro), de camisa cinza, e Dino (quarto lugar), de camisa listrada.

Foi um torneio irretocável. Foram seis vitórias e dois empates, com onze gols a favor e apenas dois sofridos. Na final, uma partida cerebral contra o jovem e já grande botonista, Ansellmo. Inteligência aplicada em cada manejo de paleta. Foi uma partida para o botonismo como aquele Brasil e Inglaterra, do futebol, na Copa do Mundo de 1970. 

E, nesse caso, uma chance é o suficiente. Ansellmo, teve essa chance, mas chutou na trave esquerda de Gian Luiggi Buffon. A força foi tanta que ela atravessou a linda divisória central e caiu perto da área de Rogério Ceni. Uma chance desse, basta agradecer. E foi o que Marcelo fez e estufou as redes nervosas e famintas do aliancense. 

Silêncio, gênio pensando. Muito suor por essa conquista.

Era o triunfo da inteligência, não que Ansellmo não seja um dos mais inteligentes da atualidade, longe disso. Porém, Marcelo, foi um gênio em sua estratégia e na execução dessa. É o triunfo do esforço (sou testemunha disso pois jogamos incansáveis horas no Santa Cruz), de quem colocou na cabeça que queria merecer o título. E trabalhou incansável para tal propósito.

Os treinos e o suor no Arruda, surtiram efeito, forjaram o campeão.

O sabor cítrico de Pitanga, é uma explosão de que, com o cuidado e esforço adequados, Pernambuco pode voltar a brilhar. Pode, finalmente, ter alguma chance de se livrar dessa gripe que nos atingiu desde os anos 70. Pode nos levar à vitórias que tanto sentimos falta.


Um comentário:

  1. Meu caro Sérgio. Por favor, me informe se o grande campeão Pitanga é descendente direto de Hélio Pitanga de Macedo, velho companheiro de caserna? Continue nessa sua luta sem quartel na divulgação e no desenvolvimento do futebol de mesa. Parabéns. Abração.

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